Desgraçadamente lacerante

Desgraçadamente lacerante.
Dos infernos os dardos que se lançam
Destroem-me o sossego. Delirantes
Amassam-me o cérebro: não descansam.

Pulsantes cataratas de terror
Bigorna em brasa a maltratar
A mente: distúrbios, chamas, brasas e calor
Imolam-me o juízo a delirar

Cinzéis abram-me o crânio a marteladas.
Machados, talhadeiras perfurantes.
Marretas, lenhas, sombras mal talhadas.
Visagens de luzes sibilantes

Carregue a dor do mundo e do universo.
Adite-se à cabeça a peste e a seca
Escrevam-se mil pragas em um só verso.
E tem-se a desgraçada da enxaqueca.

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